Se quer conhecer uma grande quantidade de guanacos e vicuñas, vêem ao Parque Nacional Llullaillaco, na região de Antofagasta. Poderá apreciar a vegetação do deserto de Atacama e conhecer o segundo vulcão mais alto de Chile com mais de 6.700 metros de altura
A área se destaca pela alta densidade de guanacos (Lama guanicoe) e vicuñas (Vicugna vicugna), sendo o único lugar no qual ambos convivem em um mesmo espaço ecológico. O Parque foi creado e declarado lugar científico para efeitos mineiros mediante o Decreto Supremo Nº 856 de 3 de Agosto de 1995 do Ministério de Bens Nacionais.
Localização : O Parque se localiza no norte do Chile, na segunda Região de Antofagasta.
Quando ir : Todo o ano.
Clima : O clima da região é seco e o sol é bastante forte. Não deixe de usar protetor solar e leve roupas leves.
Serviços : O parque conta com uma guarita na Quebrada de Zorritas, onde é possível utilizar um fogão, banheiro e um alojamento básico para cinco pessoas. Não existem espaços determinados para acampar ou se alojar.
Serviços
Centro de Informação Ambiental, sem implementação:
- Abrigo de alta montanha, sem implementação.
- Trilha para pedestres com sinalização.
- Não possui instalações turísticas para deficientes.
Atrações
Este parque não está adaptado para estadias turísticas, entretanto é muito visitado por grupos de montanhistas que procuram coroar o majestoso Llullaillaco, considerado o segundo cume vulcânico mais alto do Chile com 6.739 metros de altura. Segundo alguns pesquisadores, em seu topo existiu um lugar pré-hispânico, o que se deduz pelo achado de três múmias Incas.
Além do montanhismo, em Llullaillaco se realizam excursões “off road”, caminhadas e observação da vida silvestre, principalmente no estreito Las Zorritas onde se encontra a guarita da Cooperación Nacional Forestal (CONAF), instituição responsável pela administração da área.
Patrimônio Natural
Flora : Diferentes estudos feitos na unidade determinaram a existência de 93 espécies de flora, as quais se distribuem em 29 famílias e 58 gêneros. De acordo com a classificação da vegetação nativa proposta por Gajardo (1994), o Parque Nacional Llullaillaco inclui as regiões ecológicas do Deserto e da Estepe Alto Andina.
A Região do deserto está representada pela sub-região do Deserto Andino, a qual por sua vez inclui a formação vegetal da Este Desértica dos Salares de Domeyko.
A Região da Estepe Alto Andina está representada pela sub-região do Planalto e Puna, a qual inclui a formação da Estepe Desértica dos Salares Andinos.
A formação “Deserto Montano da Cordilheira de Domeyko” se estende pelo cordão montanhoso da cordilheira homônima, localizada ao oeste do salar de Punta Negra. Apresenta uma típica fisionomia desértica, de baixa cobertura, composta por arbustos e subarbustos. Desta formação se dispõe a escassa informação botânica, entretanto, certas indicações indicam a presença de elementos botânicos de muito interesse. As espécies mais comuns são: cachiyuyo (Atriplex atacamensis), oreganillo (Acantholippia trifida), cachiyuyo (Atriplex deserticola), trun (Acaena canescens), salpiglossis (Salpiglossis parvulus), calpiche (Lycium minutiflorum), allaval (Adesmia atacamensis), cauchal (Coldenia atacamensis), cachiyuyo (Atriplex microphylla), malvilla (Cristaria andicola) e pizaca (Fabiana bryoides).
Em alguns estreitos, desenvolvem-se “Vegas” que se apresentam como uma coberta cespitosa contínua composta por “cojines” duros dominados por espécies como paquial (Oxychloe andina) e coirón de vega (Patosia clandestina).
A formação Estepe Desértica dos Salares Andinos se estende pelos relevos montanhosos e ondulados da Cordilheira dos Andes. Esta paisagem está dominada pela presença de um conjunto de salares alto andinos. A vegetação é muito rala e apresenta a fisionomia típica do deserto. As espécies mais típicas desta formação são: coirón amargo (Stipa chrysophylla), coirón (Stipa atacamensis), tola vaca (Parastrephia lepidophylla), oreganillo (Acantholippia trifida), malvilla (Cristaria andicola), cachiyuyo (Atriplex microphylla) y pata de pizaca (Fabiana bryoides).
Fauna :
- Mamíferos
- O Puma e a Raposa Cumpeo.
- Vulneráveis: Vicuña, Guanaco,
- Em perigo: Chinchilla andina, Vizcacha
Aves :
- Vulneráveis: Perdiz de la Puna, Guayata, Falcão peregrino
- Em perigo: Suri
Hidrografia : Nesta área são encontradas três bacias hidrográficas: salar de Punta Negra, salar de Pajonales e salar de Aguas Calientes IV (CONAF, 1997).
Bacia Salar de Punta Negra: trata-se de uma bacia endorréica que possui uma superfície de 4.256 km2 e se estende entre a cordilheira de Domeyko e a fronteira com a Argentina. Pelo leste, alimenta-se por inúmeras e importantes correntes de água, tais como Quebrada de las Zorras, de las Zorritas, del Salto, Cachiyuyo, Llullaillaco, de La Barda, Tocomar e Barrancas Blancas. Estas águas não chegam superficialmente ao Salar de Punta Negra, infiltrando-se completamente.
Pelo sul drena o estreito do rio Frío, principal fonte de alimentação do Salar, que nasce na ladeira oriental da cordilheira de Domeyko, na serra de Varas. O caudal do rio Frío, antes de se infiltrar em seu potente cone de evacuação, foi estimado em 20 l/s.
Bacia Salar de Pajonales: esta bacia endorréica se encontra imediatamente ao sul, possui uma superfície de 1.976 km2 e uma elevação de 3.537 mm. Possui em seu interior diversos corpos de águas superficiais, importantes por sustentar sua fauna. A bacia não tem drenagem superficial de forma permanente, como consequência todo o seu funcionamento é do tipo subterrâneo.
Contribuem com este salar, pelo norte, o estreito de San Eulogio e o conjunto de estreitos que provêm da pampa San Eulogio e montanha de La Pena.
Bacia Salar de Aguas Calientes IV: constitui uma típica bacia endorréica de intermontanha, da qual participam a Argentina e o Chile, com uma superfície aproximada de 731 km2.
Contribuem com este salar o estreito de La Pena, que se origina na montanha homônima e outros cursos menores que se desprendem do cordão de Aguas Calientes.
Geomorfologia
Na área do projeto afloram sete unidades geológicas:
- Rochas Sedimentares Marinasde – idade Devónica, que afloram ao nordeste da montanha Tocomar.
- Rochas intrusivas graníticas, datadas do Paleozoico médio, que afloram em uma faixa de 12 km de comprimento, por 4 km de largura aproximadamente, entre o estreito das Zorras pelo norte e a montanha Tocomar pelo sul, e na cordilheira Domeyco, ao sul da serra de Varas.
- Rochas intrusivas plutônicas da idade Paleozoica, que afloram das montanhas que delimitam a beira ocidental da bacia inferior do rio Frío.
- Rochas vulcânicas datadas do Paleozoico superior e Mesozoico inferior, que afloram na serra Gólgota.
- Rochas sedimentares matinhas da idade Jurássica, que afloram ao oeste da serra de Varas.
- Rochas sedimentares datas do Mioceno, que se estendem ao pé da Cordilheira dos Andes entre o estreito dos Domos, pelo norte, e pela cabeceira do rio Frío, pelo sul.
- Rochas vulcânicas cenozoicas, que se distribuem amplamente nas estruturas e relevos da Cordilheira dos Andes. Esta unidade inclui rochas de diferentes litologias que variam desde as ignimbritas aos basaltos.
- Depósitos aluviais não consolidados do Quaternário, constituídos principalmente por cascalhos, areias, argilas e lodos, os quais se estendem no curso inferior do rio Frío e ao oriente do salar de Punta Negra.
Do ponto de vista geomorfológico, no Parque se distinguem três unidades morfo estruturais: a Cordilheira dos Andes, a Bacia Intermontana e a Pré-cordilheira de Demoyko.
Na Cordilheira dos Andes as montanhas possuem altitudes que variam entre 5.000 e 6.000 metros. Como média, destacando a montanha El Inca, o vulcão Llullaillaco, as montanhas de Tocomar e Bayo, Silla, dos Naciones , del León, Aguas Calintes e de La Pena.
A bacia intermontana está representada pela bacia do salar Punta Negra, cuja parte mais baixa contém um extenso depósito salino que mede 40 km de norte a sul e 10 km de leste a oeste.
A pré-cordilheira de Domeyko se apresenta no parque como um relevo contínuo, exceto pelo Postezuelo de la Sal, com uma altura média sobre o nível do mar de 3.500 mestro, ainda que muitas de suas montanhas ultrapassem 4.000 m como é o caso de Guanaco, Negros del Tolar, Punta del Viento, Varillar, Pastos Largos e San Rosendo.
Os solos do parque correspondem a Entisoles e Aridisoles, os quais se caracterizam por solos pobres, sem evolução de horizontes, com um alto conteúdo de sais e ausência de matéria orgânica. Apenas em alguns setores como o estreito humedal que há na caixa do rio Frio, apresentam-se solos com conteúdos orgânicos de certa importância.
Patrimônio Cultural
O Parque Nacional Llullaillaco foi criado e declarado lugar científico para efeitos mineiros mediante o Decreto Supremo Nº 856 de 3 de Agosto de 1995 do Ministério de Bens Nacionais com uma superfície de 268.670.61 hectares.
Gastronomia
A cozinha no norte do Chile é caracterizada por uma variedade de legumes e cereais, devido ao clima árido. Dentro os ingredientes mais comuns são a quinoa, um grampo na cultura Inca, também é a batata, cenoura e várias frutas tropicais como manga, maracujá e goiaba.
Entre os pratos típicos são alpaca assado cozido na lenha, chuño, que é uma sopa feita de carne de alpaca batata, cebola, trigo e outros vegetais. Na área costera podem- se achar todo tipo de frutos do mar e peixes para fazer diferentes preparaçoes.
Mais ao norte temu m doce típico, o chumbeque que é feito de farinha, manteiga e jaleia de de laranja, manga, maracujá e outras frutas. Também tem os pululos, que são uma espécie de arroz muito comum no extremo norte.
Como chegar
- Avião: Desde Santiago até Antofagasta.
- Bus: Desde Santiago Até Antofagasta.
- Tour: Desde Antofagasta até o Parque Nacional Llullaillaco.
Para mais informação sobre preços ingrese no seguinte link: http://www.conaf.cl/parques/parque-nacional-llullaillaco/
Recomendações
O clima é desértico, o que significa que durante todo o ano há uma oscilação térmica muito grande entre o dia e a noite. A temperatura média anual é de 14°C e a mínima é de 3°C .
O comércio nas zonas rurais abre durante todo o dia, mas fecha entre às 13:00 e às 15:00. É recomendável que você leve dinheiro em pesos chilenos, já que não há possibilidade de pagar com cartões em quiosques e áreas rurais.
Não deixe lixo na praia, parques e nem na via pública. Cuidar da natureza é responsabilidade de todos. Evite multas.