Como era a Patagônia nos anos 60? Aqui lhe contaremos a história do lugar mais remoto do continente.

Chegavam a congelar as mãos do frio que sentíamos enquanto atravessávamos as montanhas da Patagônia. Dias e semanas para chegar ao porto atravessando a pampa e margeando o território chileno. Fazendo a Pátria, defendendo terras, dizendo ao mundo que aquilo era o Chile.

Claudio Rosso é escritor e me atreveria a dizer que é o dono e senhor de grande parte desta terra porque dedicou sua vida a se aprofundar na cultura da Patagônia e a manter vivas suas tradições.

Em uma conversa que tivemos com ele, nos explicou que a Patagônia chilena – Carretera Austral – foi formada por pessoas vindas da Argentina e de Chiloé. Portanto, a Região de Aysén recebeu influência de ambos os territórios que vinham diretamente dos espanhóis.

“Aqui tomamos muito mate porque reflete a calma e a quietude da Patagônia”. O mate é uma bebida que serve não só para esquentar, mas também para conversar e compartilhar um tempo com amigos e familiares. A família é o núcleo da Patagônia e representa o espaço mais íntimo de uma pessoa.

Para se proteger do frio e da chuva, os homens que saíam para cavalgar usavam o famoso manto patagônico que é uma vestimenta confeccionada com peles de raposa e/ou guanaco. Esta manta protegia o corpo do homem desde o pescoço até os joelhos caindo até o cavalo para também protegê-lo.

A boina vem do país basco e cobre o topo da cabeça. Também usam as bombachas que são calças largas de gabardina com um botão para colocá-las nas botas sem dificuldades.

Assim se vivia na Patagônia. Assim defenderam nosso território e fizeram esta pátria. Levantaram bandeiras, cantaram o hino nacional e dançaram o chamamé mil e uma vezes…

Viva a experiência