Comecei a viagem com a ilusão de me encontrar com um patagônio. Mas dos verdadeiros! Aqueles que atravessavam a cavalo as montanhas da Patagônia escondendo-se do frio com essa enorme manta negra.
Onde estavam agora? Como viveriam nos tempos de hoje aqueles homens guerreiros que lutavam por seus ganhos e conquistaram as terras mais ao sul do mundo?
“Descobri que o segredo da vida para ser feliz é trabalhar pouco, viver com o justo, mas tranquilo”. Ele é Claudio Rosso. Um patagônico de respeito, dono e senhor de tanta história. Vive em Puerto Aysén, um lugar primordial, selvagem e inexplorado, onde mais de 80% da região não foi tocada pelo homem. Junto de sua senhora Marta compartilhou uma vida de sonhos e fracassos.
“Tive 2 empresas e quebrei. Me vi endividado, me senti só e fui viver em Santiago. Não durei muito tempo, sentia saudades e não podia ficar longe da minha Patagônia, assim voltei a pedir novos sonhos para a minha terra... e aqui estou”.
Com este olhar gentil pude perceber a profundidade de seus pensamentos. Claudio é escritor e tem 2 livros publicados com histórias da Patagônia nos anos 60, que tem relação com manter a cultura deste lugar. Hoje em dia tem um Bed & Breakfast (“Casa dos Artesãos”) em Puerto Aysén atendido por eles mesmos! Às vezes bailam o chamamé (Baile típico da Patagônia) e contam suas histórias ao lado do fogão.